“Vocês terão nossa resposta em breve,” Caspian diz antes de desligar o rádio. Ele se recosta na cadeira em contemplação.
“Como você acha que foi? O sinal estava perfeito, então parece que eu aperfeiçoei a camuflagem de frequência.” Alya pergunta enquanto ajusta o equipamento de comunicação na frente dela, claramente mais interessada no equipamento do que na pergunta que ela fez.
“Acho que há uma razão para Sarkis colecionar aliados”, Caspian responde, “Ele certamente sabe o que está fazendo. Por outro lado, ele parece perder aliados tão rápido quanto os faz.” Caspian alcança o interruptor do interfone próximo. “Marina, preciso de você no Centro de Comando.”
“Estamos deixando qualquer Earthborn entrar aqui agora? O que você quer fazer?” Alya pergunta.
“Quero dizer a Sarkis para ir para o inferno. Ele acha que pode nos manipular porque nos encontrou, e somos desconhecidos para todos os outros, o que lhe dá uma vantagem contra as outras facções. Somos uma peça de xadrez para ele, e nada mais.”
“Então o que você vai fazer?” Alya pergunta, finalmente levantando os olhos de sua máquina.
Caspian olha para um monitor próximo mostrando um mapa-múndi com várias áreas iluminadas em relação aos setores controlados pela facção. Ele então se vira para outro monitor de várias constelações estelares, com uma seta apontando para um espaço vazio. “Não podemos fazer isso sozinhos”, ele diz, abaixando a cabeça para o chão, “mas não podemos simplesmente confiar cegamente em um oportunista com o que está por vir. Mesmo se vencêssemos, teríamos que lidar com um inimigo diferente depois.”
Uma batida soa do metal da escotilha aberta. "Você queria me ver, senhor?" Marina diz enquanto fica em posição de sentido na porta, seu cabelo rosa aparentemente iluminando o portal escuro.
“Quão rápido é esse seu Moonskater?” Caspian pergunta, voltando sua atenção para ela.
“Bem rápido. Seria preciso muito para desacelerá-la. Eu o configurei para cruzar a maioria dos obstáculos, então posso cortar muito o tempo de viagem. O que você precisa?”
“A nova facção de Sarkis, Phantom, nos descobriu. Ainda não sei como, mas ele está tentando usar isso como alavanca para nos fazer juntar a ele. Isso me sugere que ele ainda não sabe por que estamos nos escondendo. Se soubesse, não iria querer nada conosco. Então, se ele quisesse se aliar a nós, seria para nos usar, não para nos ajudar.”
“Então o que acontece se dissermos para ele chupar o lado quente de um foguete?” Marina pergunta.
“Estou tendo a impressão de que ele fará o que faz com qualquer um que o rejeite. Tentará matá-los.”
“Então nós o matamos primeiro?” Alya pergunta.
“Se arriscarmos esgotar todos os nossos recursos lutando contra um inimigo, não teremos mais nada para o que está por vir”, responde Caspian.
“Então, qual é a jogada, Caspian?” pergunta Marina.
“Precisamos ver se temos amigos por aí. Sarkis tem inimigos. Precisamos de aliados. Marina, você acaba de ser promovida a Emissária.”
"O conselho não vai gostar disso", diz Arya como um aviso.
“O conselho vai gostar ainda menos se eles forem enterrados para sempre sob este deserto”, Caspian responde. “Você vai embora logo de manhã, Marina. Que as estrelas a guiem.”
“Sim, senhor. Obrigada, senhor.” ela diz em atenção antes de sair da sala.
“Você tem certeza disso?” Alya pergunta.
“Estamos encurralados, Alya. Mantemos nossa posição, morremos. Nos juntamos a Sarkis, somos ferramentas. Nossa única esperança é encontrar alguns aliados, ou todos na Terra perderão.”
“Eu estava começando a gostar de você, Cas,” ela diz com uma risada. “Vou sentir falta de trabalhar com você.”
“Acho que a emoção está apenas começando.”
Marina
Cáspio
Alya